O mercado de moedas raras no Brasil tem demonstrado um crescimento expressivo nos últimos anos, captando a atenção de um número crescente de entusiastas e colecionadores.
Este aumento de interesse foi particularmente impulsionado após a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil em 2016, ocasião em que o Banco Central lançou uma série de moedas comemorativas. Essas emissões geraram um interesse sem precedentes no campo da numismática.
As moedas emitidas retratavam diversas modalidades olímpicas e paralímpicas e rapidamente se tornaram alvo de grande desejo entre os aficionados por numismática.
É relevante ressaltar que, antes dos Jogos Olímpicos no Brasil, a numismática — que engloba o estudo e a coleta de moedas, cédulas e medalhas com focos histórico, artístico e econômico — não despertava grande interesse em muitos brasileiros.
Contudo, a cunhagem de moedas comemorativas associadas a esse grande evento esportivo global ampliou significativamente a visibilidade desta área, transformando-a em um fenômeno notável.
Moedas olímpicas
Entretanto, algumas dessas moedas, particularmente aquelas que representavam as modalidades de boxe e rugby, exibiam um erro de fabricação significativo: o reverso estava girado em 180 graus em relação ao anverso.
Valorização da Raridade
Este erro de fabricação confere às moedas impactadas um valor adicional, tendo em vista a limitada disponibilidade dessas peças.
Embora a maioria das moedas olímpicas esteja livre de defeitos, os exemplares com essa inversão específica do reverso são considerados itens raros e valiosos no mercado numismático brasileiro.
Determinando o valor das moedas olímpicas
O valor das moedas comemorativas olímpicas é influenciado pelo seu estado de conservação, com os exemplares classificados como “flor de cunho” (isto é, sem sinais de circulação) sendo os mais valorizados.
Adicionalmente, erros de fabricação, como a inversão do reverso, também exercem um impacto significativo sobre o preço dessas peças.
Os numismatas categorizam as moedas em diversas graduações baseadas em seu estado de conservação. A categoria “flor de cunho” aplica-se a moedas que não foram colocadas em circulação, permanecendo em condição imaculada. A classificação de “soberba” é atribuída a moedas que retêm aproximadamente 90% de seus detalhes originais e exibem desgaste mínimo. Já as moedas em “muito bem conservado” (MBC) mantêm cerca de 70% dos detalhes originais e apresentam evidências de manuseio e uso.
No caso específico das moedas olímpicas com reverso invertido, cada peça está sendo avaliada em torno de R$ 650, segundo o Catálogo Ilustrado de Moedas com Erros.
Portanto, indivíduos que possuem as moedas de boxe e rugby com esse erro específico podem alcançar uma soma total de R$ 1.300 ao vender esses itens.
Estratégias para comercializar moedas raras
Os colecionadores e detentores de moedas olímpicas raras dispõem de várias alternativas para comercializar seus itens valiosos.
Desde a adesão a grupos de colecionadores em redes sociais até o uso de plataformas online dedicadas, existem múltiplas oportunidades para conectar-se com compradores interessados nessas peças exclusivas.
Algumas das opções primárias para a venda de moedas raras incluem:
- Participação em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Recurso a lojas especializadas, tanto físicas quanto online, focadas na compra e venda de moedas raras;
- Ingresso em leilões de moedas raras, particularmente aqueles que oferecem itens de alto valor;
- Utilização de plataformas online, como Mercado Livre e Shopee, que possuem uma ampla base de usuários interessados em numismática.
Para maximizar o retorno na venda de moedas raras, especialistas aconselham que os proprietários ampliem seus conhecimentos sobre o assunto e ganhem experiência no mercado.
Adicionalmente, a participação em leilões pode proporcionar um ambiente competitivo, potencialmente aumentando as chances de obter preços mais elevados.